A pandemia trouxe de uma vez só uma série de situações novas para a população mundial. O que para alguns setores profissionais abriu caminhos de forma mais lenta, para a saúde, as mudanças exigiram decisões urgentes. Foi dessa demanda que surgiram inovações capazes de mostrar caminhos que devem se manter e outros que precisam ser desenvolvidos. O tema foi discutido no Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp), durante a palestra “Como a pandemia acelerou as inovações e tecnologias em saúde”, que teve a moderação de Fernando Ganem, diretor geral do Hospital Sírio-Libanês e a participação de Diogo Dias, diretor clínico do Hospital Porto Dias, Joel Formiga, country manager na MphRx e ex-coordenador de inovação digital da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, e Marco Bego, diretor executivo do Instituto de radiologia do InovaHC.“A inovação começa pela necessidade do cliente, nasce da demanda e não da tecnologia”, afirmou Joel Formiga durante sua fala no evento. Ele atuou na linha de frente junto a outros profissionais quando a pandemia no Brasil estava em sua pior fase. “A primeira percepção que tivemos na Secretaria de Estado da Saúde foi que os dados precisavam ser valorizados, organizados, turbinados e principalmente compartilhados. Ou seja, precisávamos valorizar a informação”, conta.Uma constatação que foi compartilhada por todos os participantes: a aceitação de canais digitais para tratar da saúde foi uma barreira ultrapassada por médicos e pacientes. Na opinião de todos, a telemedicina, que teve ampla aceitação e larga utilização, já apresentou diminuição. Mas, segundo observação de todos os profissionais, o uso da tecnologia deve continuar acima do período anterior à pandemia.“Os canais digitais vão se estabilizar nessa nova realidade como os principais meios de comunicação e resolução de problemas, quando não forem os únicos”, conta Formiga. “A telemedicina é uma ferramenta que veio para ficar e muda o jogo para permitir o tratamento integrado. É fato que dessa primeira imersão nessa jornada já saímos com uma série de empresas que, inclusive, vão trabalhar apenas nessa vertical”, acrescenta Diego Dias.Em outra frente, mas que também ganha a concordância entre os participantes, está a organização dos dados e aplicação de inovações. “Durante a fase mais crítica da pandemia, tínhamos quase 70 inciativas inovadoras nos processos que adotávamos. Passada essa fase, temos 20 atualmente. Nosso maior desafio foi fazer com quem as linguagens – tecnologia e medicina – se falassem sem obstáculos. Hoje, percebemos que conseguimos fazer essa ponte”, finaliza Marco Bego.Fonte: Abahp
Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo.